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Liderança e Gestão de Talentos: Tendências para 2022

Publicado originalmente em: kornferry.com

Com um pool de talentos cada vez menor, os empregadores têm buscado talentos fora de seu setor de atuação, na força de trabalho com mais de 50 anos de idade e em outros lugares não tradicionais para encontrar as pessoas que possuem as habilidades que são necessárias para a organização. Essa tendência deve continuar no ano que vem.

Rotatividade de funcionários, ascensão do nômade de carreira, maior foco na mobilidade interna: essas são algumas das principais tendências que os empregadores podem esperar em 2022, de acordo com as recentes descobertas da Korn Ferry, consultoria organizacional sediada nos EUA.

Um estudo identificou 10 tendências-chave para ficar de olho na área de liderança e gestão de talentos, com base em informações de especialistas em organização, talento e liderança de todo o mundo. Veja quais são essas tendências a seguir:

 

1. A Grande Renúncia só vai aumentar

Por algum tempo, as empresas têm lutado com a redução do pool de talentos, mas a pandemia global acelerou essa escassez de talentos. Uma pesquisa recente da Korn Ferry mostrou que 55% dos profissionais acreditam que a rotatividade de funcionários aumentará em 2022, enquanto 31% afirmam que deixariam seu emprego, mesmo sem ter outro em vista.

Para se adaptar a esse problema, as empresas estão aumentando os salários iniciais, oferecendo mais incentivos e benefícios de longo prazo e pagando bônus para que os funcionários permaneçam na empresa, mesmo para empregados de baixa senioridade.

 

2. A ascensão do nômade de carreira

A pandemia também gerou uma mudança na forma como trabalhamos. Os funcionários agora podem trabalhar em qualquer lugar, em qualquer lugar e a qualquer hora.

Porém, como resultado,  32% dos profissionais afirmam que não pretendem voltar ao escritório em tempo integral. Da mesma forma, 36% dos profissionais afirmam que planejam ingressar em uma área de atuação diferente em um futuro próximo, porque a pandemia permitiu que eles reavaliassem o que desejam e planejar as mudanças que precisam realizar em sua carreira.

 

3. Restabelecer conexões com colegas 

Em 2022, os líderes devem criar oportunidades para conexões mais profundas dentro de suas empresas, ou correr o risco de os funcionários se sentirem muito solitários. As organizações devem estimular uma cultura de escutar, compreender e inspirar os funcionários a se sentirem mais conectados.

Isso é importante, ainda mais considerando como a pandemia provocou a mudança de reuniões presenciais de uma hora para calls de meia hora com Zoom.

 

4. As pessoas que você tem se tornarão as pessoas que você precisa

Em relação à primeira tendência uma escassez de talentos significa que as organizações se concentrarão mais na mobilidade interna e na qualificação e requalificação dos funcionários internos para evitar desgaste e preencher funções de nicho.

Para atingir seus objetivos de requalificação, algumas empresas estão atualizando seus programas de treinamento, desenvolvimento, coaching e mentoria e criando mais experiências de aprendizagem no trabalho, enquanto outras estão investindo em novas tecnologias para ajudar a progredir na carreira.

 

5. Passando da ruptura para a reinvenção

Em 2022, mudança significa oportunidade. Nos últimos dois anos, as organizações mudaram o que faziam e como faziam porque foi necessário, sem muita estratégia ou planejamento para o futuro.

Mas há um outro lado nessa ruptura. As empresas precisam aproveitar a agilidade e a flexibilidade mostradas por sua força de trabalho. Só assim elas terão a oportunidade de se reinventar para uma nova era.  Elas encontrarão soluções para escassez, mudanças climáticas, aceleração digital, problemas na cadeia de suprimentos e demandas dos consumidores em constante mudança.

 

6. Falando em sustentabilidade

As questões ambientais, sociais e de sustentabilidade entraram de vez na agenda das diretorias. E haverá uma crescente pressão sobre as organizações para que tomem medidas sobre esses assuntos em 2022.

Cada vez mais organizações estão acordando para a realidade de que a ciência sozinha não as levará onde precisam estar. Uma transformação significativa requer mudanças nas mentalidades e nas habilidades.

 

7. O bem-estar é o centro das atenções

Sem surpresa, relatos de burnout tem aumentado devido de uma abundância de reuniões virtuais, falta de conexão com colegas,  falta de separação entre trabalho e casa, e uma miríade de desafios pessoais que vieram junto com a pandemia e isolamento social.

As organizações estão colocando o bem-estar dos funcionários no centro das atenções, muito além das iniciativas de saúde mental ou vantagens relacionadas ao condicionamento físico. Em uma escala mais ampla, a mudança de cultura é necessária. Os líderes precisam se tornar hábeis em discutir saúde mental e pessoal com os membros da equipe. E isso não é uma área de desenvolvimento de liderança em que muitos se concentraram antes.

 

8. Representação mais ampla de talentos

Para superar a iminente escassez de talentos mencionada acima, as organizações estão flexibilizando as qualificações profissionais, como diplomas universitários de quatro anos acompanhados de experiências prévias, e, em alguns casos, “perdoando” lacunas no currículo.

Os empregadores também estão pesquisando fora de seu setor, dentro da força de trabalho em idade avançada e em outros lugares não tradicionais para encontrar as pessoas que possuem as habilidades de que precisam.

 

9. Os empregadores estão aceitando mais responsabilidade

À medida que o trabalho remoto e híbrido é aceito, os líderes reconhecem que devem dedicar mais tempo  à construção de novas culturas de trabalho compatíveis com essas condições. É provável que haja check-ins frequentes e feedback contínuo, onde funcionários ágeis e colaborativos têm maior probabilidade de se desenvolver.

O aumento da responsabilidade está atingindo o alto escalão também. Os líderes corporativos estão sob pressão crescente para contratar e desenvolver pessoas de grupos minoritários, pagar os trabalhadores de maneira equitativa e assumir posições em questões sociais.

 

10. A mudança do “eu” para “nós”

As situações desafiadoras que o mundo atravessou durante os últimos dois anos nos ensinaram que vale a pena trabalharmos juntos para o bem. Ser uma comunidade não apenas nos traz um propósito, ela também traz resultados. No próximo ano, os empregadores podem esperar um aumento nas práticas de trabalho colaborativas e metas compartilhadas.

Fonte: kornferry.com