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Comece 2023 se aperfeiçoando!

Ano novo, vida nova. Quantas vezes não ouvimos isso? Quantas vezes nós mesmos não dizemos isso? Mas, será que falamos por falar ou realmente acreditamos nessa afirmação? O ano de 2023 se aproxima, e com ele, novas oportunidades para se aperfeiçoar irão chegar. Você está preparado? No texto de hoje, traremos para os nossos leitores porque o tempo para aquelas mudanças que tanto planejamos é agora, como podemos nos embasar na neurociência para alcançar nossos objetivos, e ainda como oportunidades únicas podem contribuir para o nosso aperfeiçoamento.

Tempo de mudanças: por que é agora?

Se existe um momento perfeito para fazer uma mudança em sua vida, é este.

Cientistas comportamentais já descobriram que períodos de ruptura e transformação, também, podem trazer novas oportunidades de crescimento e mudança. Essa ruptura pode vir de várias formas e acontece quando a vida nos tira da rotina que estamos acostumados. Uma mudança para uma nova cidade, começar um novo emprego, casar ou divorciar-se, ou ter um filho. E, para muitos de nós, nunca houve uma ruptura tão grande quanto a pandemia. Ela mudou a forma como trabalhamos, comemos, dormimos e nos exercitamos, e até mesmo como nos conectamos com amigos e família.

Katy Milkman, professora da Wharton School e autora do novo livro “How to Change: The Science of Getting From Where You Are to Where You Want to Be.” (“Como mudar: A Ciência para sair de onde você está e chegar aonde você quer”, sem tradução em português) acredita que o momento que vivemos é trágico e afetou muitas pessoas de diversas maneiras. Porém, ainda é possível imaginar uma forma de se reconstruir e recomeçar. “Temos essa folha em branco para trabalhar. É um momento muito propício para começar tudo de novo”.

A ciência dos recomeços

Grande parte da pesquisa da Dra. Milkman se concentrou na ciência dos recomeços, que ela chama de “o efeito do novo começo”. A Dra. Milkman e seus colegas descobriram que estamos mais propensos a mudar significativamente quando passamos por  “marcos temporais”, que são aqueles pontos no tempo que naturalmente associamos a um novo começo. O dia de Ano Novo é o marco temporal mais óbvio em nossas vidas. Mas aniversários, o início de um novo ano letivo, até mesmo o início da semana ou o primeiro dia do mês são marcos temporais que criam oportunidades psicológicas para mudança.

Em um estudo, a Dra. Milkman descobriu que os alunos eram mais propensos a frequentar a academia no início da semana, no primeiro dia do mês, após o aniversário ou após as férias escolares. Em outro estudo, publicado em 2015 na revista da Association for Psychological Science, ela descobriu que a “linguagem do novo começo” ajudou as pessoas a dar o pontapé inicial em seus objetivos. Nesse estudo, as pessoas eram muito mais predispostas a iniciar uma nova meta em um dia denominado como “o primeiro dia da primavera” em comparação com um dia normal denominado “a terceira quinta-feira de março”. (Era exatamente o mesmo dia, apenas com um nome diferente.)

Outro estudo descobriu que, quando as pessoas eram aconselhadas a economizar dinheiro em alguns meses, era menos provável que o fizessem comparado a um grupo de pessoas que deveriam começar a economizar perto do aniversário, que também aconteceria em alguns meses. O grupo dos aniversariantes economizou de 20% a 30% mais dinheiro.

Estabelecendo novas metas e objetivos

Embora o início de um novo capítulo seja um ótimo momento para mudanças, as páginas serão viradas rapidamente. Quando deixarmos as restrições da pandemia, os cientistas sociais dizem que é o momento ideal para começar a pensar sobre o que você aprendeu no ano passado. Quais são os novos hábitos que você deseja manter e que partes de sua vida pré-pandemia deseja mudar?

“É hora de repensar suas prioridades”, disse a Dra. Milkman. “Precisamos nos perguntar: ‘Como vou programar meu tempo?’ Temos um prazo limitado para refletir sobre isso, porque em breve, teremos um novo padrão estabelecido e, provavelmente, não vamos repensá-lo novamente por um tempo”.

Como mudar seus hábitos para alcançar o aperfeiçoamento

Com a chegado do final do ano, uma tradição que temos é o estabelecimento de metas para o ano seguinte. Muitas são fáceis de serem realizadas, mas algumas requerem aquele esforço a mais para serem tiradas do papel. Essas, geralmente, são relacionadas com o desenvolvimento de um hábito. Quantas vezes não começamos a nos exercitar e manter uma alimentação equilibrada para em poucas semanas voltarmos aos nossos antigos vícios?

Se você deseja alcançar seus objetivos no próximo ano, reavalie seu desempenho nessas quatro áreas principais:

  • Como se relaciona com as outras pessoas;
  • A sua ação diante das circunstâncias;
  • Como você gerencia o tempo e;
  • O seu relacionamento com você mesmo.

Este é o conselho de Wendy Capland, coach executiva de empresas como IBM e Bank of America. Capland é autora do livro best-seller Your Next Bold Move (Seu próximo passo ousado, sem tradução em português).

Capland diz que quando as pessoas não conseguem alcançar ou até mesmo estabelecer seus objetivos, quase sempre o motivo é um ou mais desses relacionamentos. “Essas são as quatro coisas que surgem com mais frequência, que te impedem de sonhar, que te impedem de pensar que algo é ou não é possível para você. Eles podem bloquear o seu caminho.”

Para atingir suas metas, algumas ações são necessárias: repensar seu relacionamento com as demais pessoas, como você age frente às circunstâncias e adversidades, como gerencia seu tempo e seu relacionamento consigo mesmo.

O planejamento, os pequenos passos, a reafirmação de suas motivações e objetivos, o registro do progresso, a colaboração e compartilhamento com outras pessoas, o emprego de recompensas, o reconhecimento da limitação humana e o pertencimento social são todos técnicas apoiadas pela neurociência para a mudança de hábitos.

Alguns hábitos saudáveis para cuidar de si em 2023

Como humanos, estamos sempre em processo de mudança, seja por conta da sociedade na qual vivemos ou inerente à nossa condição de seres vivos. Constantemente buscamos ser melhores, como por exemplo, com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, tendo a nós mesmos como prioridade.

Para isso, é necessário ser gentil consigo mesmo, entender suas motivações, interesses e, principalmente, suas limitações, para não se sobrecarregar e nem se decepcionar. Começando com áreas simples como o sono, a alimentação e a atividade física, conseguimos regular bem nossa rotina e assim caminhar para o nosso autoprogresso.

Implementando atitudes básicas, como por exemplo, manter uma boa rotina de sono adequado através de técnicas de higiene do sono. Manter seu corpo com energia e disposição para encarar novos desafios através de uma alimentação balanceada e que propele também sua mente ou, ainda, através de exercícios físicos para melhorar seu bem-estar e disposição, a implementação de novos hábitos saudáveis virá mais fácil e começará a ser uma consequência de suas boas atitudes.

Como fazer uma pós-graduação pode auxiliar no aperfeiçoamento que buscamos?

As pós-graduações são alguns dos cursos mais procurados para aqueles que desejam se especializar em sua carreira e no mercado de trabalho. Além de permitirem um alto grau de especialização na área, elas possibilitam fomentar um currículo mais atrativo e que o prepara para concorrer a cargos mais altos, expandindo sua carreira e se tornando referência na área. Todos os tipos de pós-graduação garantem um grande avanço no conhecimento, mas diferem entre si quanto ao grau de titulação e pesquisa acadêmica desenvolvida. As pós-graduações stricto sensu conferem títulos como mestrado e doutorado, enquanto as lato sensu conferem títulos de especialização. Cada uma possui suas vantagens e benefícios, e devemos encará-las como possíveis caminhos para todos aqueles que desejam garantir mais uma etapa do seu auto-desenvolvimento.

Conheça as Pós-Graduações de Neurociência e o Futuro Sustentado de Pessoas e Organizações, e de Neurociência Aplicada à Educação, oferecidos pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e coordenados pela neurocientista Carla Tieppo.