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Funções Executivas na Aprendizagem

As funções executivas são habilidades mentais que nos permitem controlar nosso comportamento, pensamento e emoções para alcançar nossos objetivos. Elas são essenciais para o aprendizado, uma vez que permitem que os alunos gerenciem seu tempo, organizem informações, sejam flexíveis e resolvam problemas. Neste texto, exploraremos mais a fundo a importância das funções executivas na aprendizagem, como elas podem ser desenvolvidas e como os professores podem ajudar seus alunos a aprimorá-las. Venha conosco!

O que são Funções Executivas e por que são importantes?

As Funções Executivas são um conjunto de habilidades importantes para o comportamento humano porque nos permitem agir de maneira eficiente e adaptativa em situações diversas. Elas nos ajudam a controlar nossas emoções e impulsos, a planejar e executar tarefas complexas, a resolver problemas, a tomar decisões e a alcançar objetivos a longo prazo.

Como as Funções Executivas são desenvolvidas no cérebro e como elas afetam o desempenho acadêmico e profissional?

As Funções Executivas são desenvolvidas em diferentes áreas do cérebro e estão envolvidas em processos complexos de desenvolvimento e maturação, e podem ser afetadas por diferentes fatores, como a genética, a educação e o ambiente em que o indivíduo está inserido.

Algumas pesquisas sugerem que as Funções Executivas são particularmente importantes para o desempenho acadêmico e profissional, pois estão envolvidas em habilidades como a resolução de problemas, a tomada de decisões e a organização de informações. Um bom desempenho nessas habilidades pode ser crucial para alcançar sucesso em diferentes áreas da vida.

Como se envolvem com a aprendizagem? 

A atenção, a memória de trabalho e o controle inibitório são algumas das Funções Executivas fundamentais para a aprendizagem. A atenção permite que os alunos se concentrem em informações relevantes e ignorem distrações, enquanto a memória de trabalho permite que eles mantenham as informações em mente para realizar tarefas cognitivamente exigentes. Já o controle inibitório permite que eles suprimam respostas automáticas ou impulsivas e ajuda no planejamento e tomada de decisão. Quando estão bem desenvolvidas, os alunos têm melhor capacidade de aprendizagem e desempenho acadêmico. No entanto, quando essas funções estão prejudicadas, podem ocorrer dificuldades de aprendizagem, problemas comportamentais e desafios emocionais. Por isso, é importante que as escolas e os professores promovam o desenvolvimento dessas habilidades em seus alunos, por meio de estratégias educacionais e intervenções que ajudem no seu progresso.

Quais as estratégias de ensino e treinamento?

Existem diversas estratégias de ensino e treinamento que podem ajudar no desenvolvimento das Funções Executiva, tanto de alunos quanto de professores, sendo que algumas são:

  1. Treinamento cognitivo: Essa estratégia visa aprimorar as habilidades de memória de trabalho, atenção e controle inibitório por meio de exercícios e tarefas específicas. O treinamento pode ser feito individualmente ou em grupo e pode ser adaptado às necessidades individuais de cada aluno;
  2. Atividades práticas: As atividades práticas podem ser usadas para ajudar as crianças a desenvolver suas habilidades de maneira divertida e interativa. Isso pode incluir jogos de memória, brincadeiras de imitação, exercícios de atenção e outras atividades que desafiem as capacidades cognitivas dos alunos;
  3. Mindfulness: A prática de mindfulness pode ajudar a melhorar as habilidades de atenção e controle inibitório em crianças e adolescentes com TDAH e outros distúrbios que envolvam as Funções Executivas. O mindfulness pode ser ensinado por meio de exercícios simples de respiração e meditação que ajudam os alunos a se concentrar no momento presente;
  4. Estratégias de ensino personalizadas: Os professores podem usar estratégias de ensino personalizadas para ajudar os alunos a desenvolver suas habilidades cognitivas. Isso pode incluir a adaptação do conteúdo do curso para atender às necessidades individuais dos alunos, o uso de reforços positivos e outras técnicas para incentivar a motivação e o engajamento.

É importante que os professores trabalhem em colaboração com os alunos e suas famílias para desenvolver estratégias personalizadas e adaptadas às necessidades individuais de cada aluno, atingindo assim melhores resultados, integrando suas esferas da vida.

Quais os fatores que influenciam no desenvolvimento saudável das Funções Executivas?

O desenvolvimento cognitivo é mediado por diversos fatores, sejam aqueles advindos da genética, do ambiente, ou o mais comum: de uma mistura dos dois fatores. Doenças, nutrição, saúde física, sono e estresse são alguns desses fatores que exploraremos aqui.

O papel da alimentação e do exercício 

A alimentação e o exercício físico desempenham um papel importante na manutenção das Funções Executivas. A nutrição adequada é essencial para a saúde geral do cérebro, e uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode melhorar o desempenho cognitivo e a função executiva. A ingestão adequada de nutrientes como ferro e ômega-3 também pode ter um impacto positivo e significativo.

O exercício físico regular também tem sido associado à melhoria das funções cognitivas. Ele pode aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode melhorar a função cognitiva, e também pode estimular a boa manutenção do equilíbrio do ambiente no qual as células neurais trabalham. É capaz também de ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, permitindo maior fluidez de pensamento. 

A influência dos transtornos neurológicos e psiquiátricos e seus respectivos tratamentos.

Não podemos ainda deixar de citar a influência de transtornos neurológicos e psiquiátricos no desempenho executivo de várias maneiras, como o TDAH e a esquizofrenia. O Transtorno do Espectro Autista, por exemplo, pode resultar em dificuldades com a flexibilidade cognitiva e a inibição comportamental. Na doença de Parkinson, pode haver problemas com a memória de trabalho e o planejamento.

O tratamento para transtornos que afetam as Funções Executivas varia dependendo da causa subjacente. No caso do TDAH, são prescritos medicamentos estimulantes para melhorar o controle inibitório e a atenção seletiva. Para a esquizofrenia, medicamentos antipsicóticos podem ajudar a reduzir os sintomas positivos da doença, como alucinações e delírios, o que pode melhorar a função executiva. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) também pode ser usada para ajudar a melhorar a flexibilidade cognitiva e outras habilidades executivas em pessoas com transtornos psiquiátricos.

No caso de transtornos neurológicos, empregam-se a terapia ocupacional e a fisioterapia , bem como o uso de medicamentos específicos, dependendo da doença. Além disso, a abordagem multidisciplinar, que inclui uma combinação de terapias farmacológicas, psicológicas e comportamentais, pode ser eficaz no tratamento de transtornos que afetam as Funções Executivas.

Qual é a relação entre o sono e a melhora do desempenho cognitivo?

O sono adequado desempenha um papel importante na regulação dessas funções. Ele é fundamental para o processo de consolidação da memória, que é a capacidade do cérebro de transformar informações de curto prazo em memórias de longo prazo. Além disso, o sono também está envolvido na regulação da atenção, controle inibitório e outras funções executivas.

Pesquisas indicam que a privação de sono pode ter um impacto negativo no desempenho cognitivo, o que pode levar a problemas na escola, no trabalho e em outras áreas da vida. Em contrapartida, a melhoria da qualidade do sono pode ajudar a melhorar o desempenho cognitivo.

Como podemos empregar a tecnologia neste âmbito?

A tecnologia pode ser uma ferramenta útil para auxiliar no desempenho das Funções Executivas e a aprendizagem, especialmente quando usada de forma apropriada e em conjunto com outras abordagens educacionais baseadas em evidências. Por exemplo, é possível usar jogos digitais e aplicativos educacionais para desenvolver habilidades de memória de trabalho, atenção e controle inibitório em crianças e adultos. Esses jogos podem ser projetados para envolver os alunos de forma divertida e desafiadora, estimulando o uso das Funções Executivas enquanto jogam.

Além disso, somos capazes de utilizar a tecnologia para personalizar o aprendizado e atender às necessidades individuais dos alunos. Isso pode envolver o uso de aplicativos de gerenciamento de tempo e tarefas para ajudar os alunos a gerenciar seu tempo e trabalhar de forma mais eficiente. Também pode incluir o uso de recursos educacionais on-line e de tecnologia assistiva para ajudar os alunos a superar desafios de aprendizagem específicos relacionados às Funções Executivas, como dificuldades com a organização ou a execução de tarefas complexas.

Como esses conhecimentos podem auxiliar os pais e seus filhos em casa e na escola?

Os pais podem ajudar a melhorar as Funções Executivas dos filhos em casa e na escola por meio de diversas estratégias. Algumas delas incluem:

  1. Criar rotinas e hábitos saudáveis, como uma boa noite de sono, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos.
  2. Incentivar atividades que promovam a concentração e o foco, como jogos de tabuleiro, leitura e pintura.
  3. Estimular o autocontrole e a autorregulação, ensinando as crianças a lidar com emoções difíceis e a controlar impulsos.
  4. Proporcionar um ambiente de estudo organizado e livre de distrações, para ajudar na memória de trabalho e atenção.
  5. Enfatizar a importância de estudos regulares e incentivar a busca pelo conhecimento.

O que podemos concluir?

As funções executivas desempenham um papel crucial em muitos aspectos da vida, incluindo desempenho acadêmico e profissional. A neurociência educacional tem mostrado que o desenvolvimento dessas habilidades pode ser aprimorado por meio de estratégias de ensino, treinamento cognitivo, alimentação saudável, exercícios físicos e sono adequado.

Além disso, os pais e professores desempenham um papel importante em seu desenvolvimento adequado. Eles podem ajudar a criar ambientes que promovam o desenvolvimento dessas habilidades e incentivar comportamentos que as fortaleçam, como a leitura e a prática de atividades que exijam planejamento e organização.

Em última análise, é importante reconhecer sua importância e investir em estratégias que possam ajudar a melhorá-las, tanto para os indivíduos quanto para a sociedade como um todo. Com uma compreensão mais profunda dessas habilidades e sua relação com a aprendizagem, podemos ajudar as pessoas a alcançarem o seu potencial.

Referência e recomendação de leitura

A Guide to Executive Function

  • Executive Function 101
  • The Science of Executive Function
  • Building Executive Function Skills

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