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E a dança?

Durante a história da humanidade, a dança teve as suas repercussões
de várias maneiras. O seu surgimento se deu ainda na Pré-História e ao longo de sua evolução ganhou ritmos dos mais variados nas diversas culturas. Seja por um ritual religioso, como forma de entretenimento ou como meio de sedução a dança tem seu fator marcante na história do desenvolvimento humano.

Os neurocientistas há tempos estudam movimentos isolados como as rotações do tornozelo ou o tamborilar dos dedos. A partir desses trabalhos, sabemos o básico sobre como o cérebro coordena ações simples. Pular com um pé só exige cálculos relacionados à consciência espacial, ao equilíbrio, intenção e sincronismo, entre outras coisas, no sistema sensório-motor do cérebro. A região do córtex parietal posterior traduz informações visuais em comandos motores, enviando sinais para as áreas de planejamento do movimento no córtex pré-motor e na área motora suplementar.
Essas instruções então se projetam para o córtex motor primário, que gera
impulsos neurais que viajam para a medula espinhal e para os músculos,
provocando sua contração. Ao mesmo tempo, os órgãos sensoriais nos músculos mandam uma resposta ao cérebro, dando a orientação exata do corpo no espaço por meio de nervos que passam pela medula espinhal até chegarem ao córtex cerebral. Os circuitos subcorticais do cerebelo e dos gânglios de base, também ajudam a atualizar os comandos motores com base na resposta sensorial e no ajuste de nossos movimentos reais.

Um estudo feito no Health Science Center da University of Texas, em San Antonio, mapeou o cérebro de dançarinos amadores de tango, para verificar a estimulação sanguínea cerebral durante a dança. Os participantes ficavam deitados enquanto, ao som de uma música, deslizavam seus pés numa superfície inclinada. Os pesquisadores analisaram que as partes cerebrais acionadas na hora da dança mostram a ativação em uma região do hemisfério direito correspondente à área de Broca no hemisfério esquerdo. A área de Broca é uma região do lobo frontal classicamente associada à produção da fala. Nos últimos dez anos, pesquisas revelaram que a área de Broca também contém uma representação no movimento das mãos. Diferentemente da música, a dança tem uma forte capacidade de representação e imitação, o que sugere que também possa ter atuado como uma forma primitiva de linguagem.

Certamente a música e a dança estão intimamente relacionadas: em muitos casos, a dança gera som. Pesquisadores estabeleceram a hipótese de que a dança evoluiu inicialmente como um fenômeno sonoro e que a dança juntamente com a música, especialmente a percussão, evoluíram como formas complementares de gerar ritmo.

O psicólogo e dançarino Petter Lovatt, da Universidade de Hertfordshire tem outra opinião a respeito de como é feito estudo da dança atualmente em neurociência. Para ele a forma como os dançarinos são analisados não é fidedigno ao fenômeno da dança, tendo em vista que os dançarinos ficam deitados e assim não expressam o potencial do dançar de forma legítima.

Seja lá como for a dança sempre terá sua relevância na história, além disso, podemos perceber os seus benefícios: exercita a musculatura, melhora a coordenação motora, aumenta a capacidade de memorização, e assim como a linguagem corporal a dança também é uma forma de expressão.

1 comentário em “E a dança?

  1. Falou e disse Professora. Lendo tudo isso fiquei sf3 pedannso nas aulas de Sistema Nervoso que vocea deu.. hahaParabe9ns pelo blog, vou visitar aqui sempre !

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