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A ação da reação emocional

Descubra como a reação emocional pode influenciar a felicidade e o bem-estar em nosso mais novo blog de neurociência! Apresentamos para vocês informações envolventes e persuasivas sobre como forçar reações positivas pode moldar nosso cérebro e desencadear uma cascata de emoções benéficas.

As expressões faciais desempenham um papel crucial na indução emocional e na forma como percebemos e experimentamos emoções. Estudos como o conduzido por Ekman et al. (1990) destacam que as expressões faciais não apenas refletem emoções internas, mas também podem influenciar a forma como sentimos. Por exemplo, quando forçamos um sorriso, mesmo que inicialmente não estejamos felizes, a ação mecânica do sorriso pode enviar feedback sensorial ao cérebro que desencadeia respostas emocionais subjacentes, contribuindo para um aumento real do bem-estar emocional. 

A neurociência tem nos proporcionado insights notáveis sobre como nosso cérebro processa e responde às emoções. Assim, abrimos caminho para descobertas que podem melhorar significativamente nossa qualidade de vida. 

Sorrir: O Caminho para a Felicidade e Bem-Estar

Você já deve ter ouvido o ditado “sorrir é o melhor remédio”, e de fato, a ciência tem comprovado repetidamente que esse gesto simples pode ter efeitos profundos em nossa saúde mental e bem-estar. Pesquisas recentes revelam que sorrir não só facilita a recuperação do estresse, mas também pode enganar nosso cérebro e desencadear verdadeiros sentimentos de felicidade.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Texas (Kraft & Pressman, 2012), sorrir durante períodos estressantes pode ajudar a diminuir a intensidade do estresse percebido e acelerar a recuperação do corpo após uma situação estressante. Quando sorrimos, mesmo que de forma forçada, nosso cérebro interpreta essa ação como um sinal de que estamos lidando bem com a situação. Isso reduz a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, e estimula a produção de substâncias relacionadas ao prazer e bem-estar, como as endorfinas.

Além disso, um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Kansas (Kraft, 2015) destaca que sorrir pode realmente enganar nosso cérebro e impulsionar o humor. Quando sorrimos, mesmo que não estejamos genuinamente felizes, engajamos regiões cerebrais que desencadeiam uma resposta neuroquímica que libera neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, associados a sensação de prazer e bem-estar. Assim, forçar um sorriso pode ser o primeiro passo para iniciar sentimentos de felicidade, mesmo em contextos neutros.

Os resultados desses estudos sugerem que o feedback facial não apenas amplifica sentimentos de felicidade preexistentes, mas também pode iniciar um ciclo virtuoso. Nele, a ação de sorrir gera reações emocionais positivas, que por sua vez reforçam o sentimento de felicidade. Portanto, sorrir pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar nosso bem-estar emocional e criar uma base sólida para uma vida mais feliz e saudável.

O Efeito do Botox na Emocionalidade: A Incapacidade de Expressar Emoções

O uso do botox não se limita apenas a fins estéticos. Pesquisas recentes sugerem que essa toxina pode ter um efeito colateral inusitado: tornar as pessoas mais felizes. Através da paralisação temporária dos músculos da face, o botox evita a contração que normalmente acompanha as emoções, resultando em uma experiência emocional diferente da usual.

Estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade de Cardiff (Havas et al., 2010) apontam que, ao reduzir as expressões faciais relacionadas às emoções, como o franzir de sobrancelhas ou a contração da testa, o botox interfere na retroalimentação somática. Este é um mecanismo pelo qual nosso cérebro recebe feedback sobre nossas próprias emoções através das expressões faciais. Como resultado, a ausência de certas expressões faciais pode reduzir a intensidade do feedback emocional, tornando as experiências emocionais menos intensas e até mesmo mais positivas.

Essa interação entre a toxina botulínica e o embodiment, ou seja, como nossos corpos influenciam nossas emoções, foi também explorada em pesquisas mais recentes (Vannini et al., 2018). O embodiment refere-se à ideia de que nossos corpos desempenham um papel fundamental na construção e interpretação de nossas emoções. Ao paralisar os músculos faciais, o botox altera a maneira como nosso cérebro percebe e experimenta as emoções, resultando em um impacto direto em nosso estado emocional geral.

No entanto, é importante destacar que esses efeitos não são unânimes em todos os indivíduos, e os resultados podem variar de pessoa para pessoa. Algumas pesquisas indicam que a redução das expressões faciais pode levar a uma diminuição da sensibilidade emocional. Outras, por outro lado, sugerem que pode ser benéfico em certos contextos, como na redução do estresse social.

O Poder das Poses de Poder na Emocionalidade

Você já se perguntou se a forma como você se posiciona pode afetar suas emoções e comportamento? A ciência do “power posing” – as poses de poder – tem explorado exatamente essa relação intrigante. Pesquisas revelam que a forma como nos posicionamos pode ter um impacto significativo em nossa emoção, pensamento e percepção de poder, um verdadeiro estudo sobre linguagem corporal.

Um estudo pioneiro conduzido por Cuddy et al. (2010) descobriu que adotar posições de poder, como expandir o corpo, com os braços levantados e as pernas afastadas, pode levar a um aumento nos níveis de testosterona, hormônio associado a sentimentos de poder e confiança. Além disso, essas poses têm o potencial de reduzir os níveis de cortisol, levando a uma sensação de maior tranquilidade e bem-estar.

Outras pesquisas exploraram o efeito das poses de poder na interocepção, que é a habilidade de perceber e interpretar as sensações corporais internas. Estudos realizados por Nair et al. (2020) sugerem que adotar essas posições pode melhorar a interocepção e reduzir a ansiedade. Isso acontece pois promovem uma sensação de controle sobre o corpo e a mente, ajudando a regular as respostas emocionais em situações estressantes.

Vale ressaltar que as poses de poder não estão limitadas ao contexto social de dominância e submissão (Cesario et al., 2013). Elas podem ser utilizadas em diversas situações, como entrevistas de emprego, onde podem oferecer benefícios ao aumentar a autoestima e promover uma sensação de maior confiança.

Contudo, é importante ressaltar que não são a única forma de afetar nossas emoções e percepções. Outros estudos, como o de Cowley et al. (2017), mostram que poses de yoga, apesar de não se enquadrarem no conceito de power posing, também podem proporcionar um aumento subjetivo de energia. Isso mostra que diferentes posturas podem ter efeitos distintos em nosso estado emocional.

A Ação do Sistema Nervoso Autônomo nas Emoções

As emoções são fenômenos complexos e multifacetados que envolvem um intricado sistema de regulação neural, incluindo a participação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA). O SNA é a parte do sistema nervoso responsável por regular funções fisiológicas essenciais, como a frequência cardíaca, a pressão arterial, a digestão e a respiração. Ele é dividido em dois ramos principais: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.

O controle cortical sobre o SNA desempenha um papel importante nas emoções (Morrison et al., 2013). O córtex cerebral, a parte do cérebro responsável por funções cognitivas superiores, como o pensamento e a tomada de decisões, tem a capacidade de influenciar sua atividade, modulando nossas respostas emocionais a diferentes estímulos. É interessante observar que existem diferenças individuais nas expressões emocionais relacionadas à atividade autonômica (Levenson et al., 1992). Alguns indivíduos podem apresentar respostas mais intensas em seus sistemas nervosos autônomos em relação a determinadas emoções, enquanto outros podem ter respostas mais brandas.

A regulação neural do SNA também está associada à geração de emoções. Pesquisadores têm demonstrado que o feedback vagal, uma forma de comunicação entre o cérebro e nossas vísceras, incluindo coração e pulmões, através do nervo vago, é um fator crucial na regulação das emoções (Thayer & Lane, 2000). Essa retroalimentação neurovisceral desempenha um papel importante na modulação das respostas emocionais, influenciando a forma como percebemos e experienciamos as emoções. Ademais, sinais vagais têm sido associados ao comportamento motivado (Tracy & Belsky, 2017). Assim, o tônus vagal, que é a atividade do nervo vago em repouso, pode influenciar nossos impulsos e motivações, afetando nossas escolhas e comportamentos em resposta a estímulos emocionais.

Outras Ações que Influenciam Nossas Reações Emocionais 

Nossa resposta emocional a diversas situações pode ter um impacto profundo em nossa ativação do Sistema Nervoso Autônomo. Vamos explorar alguns estudos que mostram como certas reações emocionais podem afetar a ativação do SNA e, consequentemente, nossa saúde emocional e imunidade.

A massagem tem sido conhecida há séculos por seus efeitos relaxantes e terapêuticos. Estudos, como o conduzido por Shin et al. (2012), mostram que a massagem pode influenciar a ativação do SNA, reduzindo o estresse e a ansiedade. Além disso, a aplicação do calor, como demonstrado por Eishi et al. (2007), pode levar a uma resposta de relaxamento do mesmo sistema, contribuindo para uma sensação de calma e bem-estar. Outra prática que pode influenciar a ativação parassimpática é o banho de pés. Nas mesmas pesquisas de Eishi companheiros é destacado que essa atividade pode promover uma resposta de relaxamento, resultando em uma redução do estresse e da pressão arterial, favorecendo um estado emocional mais equilibrado.

A simples ação de ter uma “conversa agradável” também pode afetar a ativação do SNA, como apontado por Seo et al. (2018). Interagir com pessoas queridas e desfrutar de conversas prazerosas pode estimular o sistema nervoso parassimpático, responsável por promover relaxamento e bem-estar emocional.

E tem mais…

Outra forma de influenciar essa ativação pode ser o simples ato de caminha em meio a natureza, como numa floresta, de acordo com Li et al. (2015). A natureza exerce um efeito calmante sobre o corpo e a mente, levando a uma diminuição da atividade do sistema nervoso simpático, que está associado à resposta de luta ou fuga.

Curiosamente, até mesmo a maneira como respiramos pode afetar o SNA. A pesquisa de Telles et al. (2020) sugere que respirar por uma única narina pode alterar a atividade autonômica, com um aumento na atividade parassimpática, resultando em um efeito relaxante e tranquilizador. Por fim, a ativação do SNA também pode ter efeitos na imunidade. Estudos, como o de Sloan et al. (2014), mostram que quando o sistema nervoso autônomo está equilibrado e em harmonia, a imunidade pode ser fortalecida, tornando-nos mais resilientes a doenças e estresses.

O Embodiment e Sua Relação com a Regulação Emocional

O Embodiment é um conceito fundamental na compreensão da relação entre o corpo e a mente. Nele o estado físico do corpo e sua representação mental exercem uma influência significativa na experiência do indivíduo, incluindo suas emoções, cognição e comportamento. A teoria do cognição incorporada indica que a expressão, percepção, processamento e compreensão emocionais estão intimamente ligados à ativação física do corpo (Niedenthal, 2007; Glenberg et al., 2013). Aspectos cooperativos entre ações físicas e processos cognitivos existem de forma efetiva, e o feedback muscular transmitido pelo estado corporal desencadeia padrões únicos de ativação neural no cérebro. Esses padrões de ativação neural representam emoções inconscientes e fazem parte das emoções implícitas (Strack e Deutsch, 2004; Wiers e Stacy, 2006; Neal e Chartrand, 2011). 

Leia o nosso texto “O que é embodiement?

O que os estudos apontam?

De acordo com essa teoria, os pesquisadores têm explorado atividades cognitivas avançadas, como a incorporação do pensamento criativo (Stanciu, 2015). Ao comparar expressões faciais de determinadas emoções, constatou-se que o afeto positivo e feliz acelerou o fluxo de pensamento divergente criativo. Enquanto isso, o afeto negativo não teve um impacto significativo no pensamento criativo (Fernández-Abascal e Díaz, 2013).

Teorias do Embodiment desafiam a antiga noção de que o corpo e a mente são forças separadas e independentes que atuam um sobre o outro durante um episódio emocional. Pelo contrário, essas teorias sugerem que o corpo ajuda a constituir a mente, moldando assim a resposta emocional do indivíduo (Niedenthal et al., 2005). Ou seja, o estado físico do corpo, juntamente com suas representações mentais, são inseparáveis da experiência emocional.

Quando se trata de regulação emocional, o Embodiment desempenha um papel relevante. A conscientização dos sinais corporais, também conhecida como consciência interoceptiva (IA), é um aspecto-chave na regulação das emoções. A IA refere-se à habilidade de reconhecer e interpretar as sensações corporais internas, como batimentos cardíacos, respiração e tensão muscular (Murphy et al., 2020). Essa consciência interoceptiva pode ser um componente importante para a autorregulação emocional, permitindo que o indivíduo reconheça suas respostas emocionais e implemente estratégias adequadas para lidar com as emoções.

Limitações dos Estudos

Apesar das descobertas emocionantes dessas pesquisas, muitos estudos ainda não conseguem encontrar dados significativos sobre esses efeitos em todas as pessoas. As respostas emocionais são complexas e individualizadas, influenciadas por fatores biológicos, sociais e culturais únicos para cada indivíduo. Essa variabilidade pode dificultar a identificação de padrões universais em algumas pesquisas.Além disso, a natureza multifacetada das emoções também pode contribuir para a falta de resultados consistentes em alguns estudos. As emoções são influenciadas por uma rede intricada de processos cerebrais, hormonais, psicológicos e sociais, o que pode tornar difícil isolar e medir com precisão o impacto de uma única variável.

Essas limitações não diminuem a importância do estudo das emoções e do papel das reações emocionais. Pelo contrário, destacam a necessidade contínua de pesquisas aprofundadas e abordagens interdisciplinares para uma compreensão mais completa desse fenômeno fascinante. Em conclusão, o poder do papel das reações emocionais é inegável na vivência das emoções e no impacto em nossa saúde emocional e bem-estar geral. O sorriso, as poses de poder e o embodiment são apenas algumas das formas pelas quais podemos influenciar nossas emoções e melhorar nossa qualidade de vida. A neurociência das emoções é uma jornada em constante evolução, e ao continuar explorando essa fascinante área, poderemos desvendar mais segredos sobre como nossos corpos e mentes trabalham em harmonia para moldar nossa experiência emocional.

Este e outros temas são abordados em nosso curso presencial de Imersão em Neurociência, 24 horas de aprendizado com a neurocientista drª Carla Tieppo para você entender de vez o cérebro!

Materiais Complementares

Smiling Facilitates Stress Recovery: https://www.psychologicalscience.org/news/releases/smiling-facilitates-stress-recovery.html

Smiling Can Trick Your Brain into Happiness: https://www.nbcnews.com/better/health/smiling-can-trick-your-brain-happiness-boost-your-health-ncna822591

Forçar o sorriso pode fazer você se sentir mais feliz, aponta estudo: https://www.metropoles.com/saude/forcar-o-sorriso-pode-fazer-voce-se-sentir-mais-feliz-aponta-estudo

É verdade que forçar um sorriso te deixa mais feliz?: https://www.terra.com.br/byte/e-verdade-que-forcar-um-sorriso-te-deixa-mais-feliz,67c806da8047ba94265f6abdac49eb9d5vhtuont.html

Referências
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