Vida e comportamento: a influência dos hormônios no dia-a-dia
Você já reparou que possui disposição para pensar, se exercitar, trabalhar e amar de forma diferente ao longo do dia? Já refletiu que o seu “melhor momento” nem sempre acompanha o coletivo ou o que se espera socialmente?
Isso é normal, acontece a todos e resulta da interação de substâncias químicas específicas que atuam sobre o sistema nervoso ou são secretadas pelo sistema endócrino, substâncias conhecidas como neurotransmissores e hormônios respectivamente.
Estas substâncias são responsáveis por regular todas as funções do organismo e mediar a expressão das múltiplas facetas do comportamento. No dia-dia precisamos de energia para acordar e realizar as primeiras funções após o despertar, sustentar a atenção na realização de tarefas simples ou complexas e reagir apropriadamente às situações de estresse dentre tantos outros eventos.
As demandas energéticas são reguladas pelo sistema endócrino e é atribuição deste sistema controlar a concentração de glicose no sangue, a pressão arterial, o ciclo biológico reprodutivo, o comportamento sexual, o crescimento corpóreo e gestacional, eventos rítmicos e cíclicos que perpassam a vida.
Desde o nascimento até o envelhecimento, a balança que rege a manutenção da saúde ou a progressão para o estado de doença, resulta da ação correta dos neurotransmissores e dos agentes hormonais.
Assim como o sistema nervoso, o sistema endócrino possui uma linguagem própria, atua elegantemente na comunicação entre células, tecidos, órgãos e sistemas e, com isto, permite a expressão do nosso potencial biológico, fisiológico e humano.
Seu desequilíbrio é responsável por comprometimento da qualidade de vida, desenvolvimento de distúrbios metabólicos como o diabetes, a obesidade, quadros de hipertensão e infertilidade.
O mau funcionamento do sistema endócrino, e da sua interface com o sistema nervoso, é o cerne disruptivo de processos que impactam sobre a saúde mental e o envelhecimento mal sucedido.
A melhor estratégia para alcançar o seu potencial, respeitar seu corpo e dirigir assertivamente o seu comportamento é o conhecimento desta linguagem dos sinais químicos que operam no organismo, que de forma silenciosa, porém determinante, são responsáveis por gerir a vida.