7 coisas que os neurocientistas sabem e a maioria das pessoas não
Há centenas de insights surpreendentes sobre mudança de perspectiva a respeito da natureza da realidade que são embasados na neurociência. Toda síndrome neurológica bizarra, toda ilusão visual e toda experiência psicológica inteligente revela algo completamente inesperado sobre a nossa experiência do mundo que consideramos como verdade absoluta.
Aqui estão alguns exemplos:
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A realidade perceptiva é totalmente gerada pelo nosso cérebro
Ouvimos vozes de ondas de pressão de ar. Vemos cores e objetos, ainda que o nosso cérebro só receba sinais sobre fótons refletidos. Os objetos que percebemos são uma construção do cérebro, e é por isso que ilusões ópticas podem enganar nosso cérebro.
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Vemos o mundo através de uma ótica limitada e fragmentada
Nós pensamos que vemos o mundo inteiro, mas nós estamos olhando através de um “portal visual” estreito para uma pequena região do espaço. Você tem que mover seus olhos quando você lê, porque a maior parte da página está desfocada.
Nós não vemos isso, porque assim que nos tornamos curiosos sobre uma parte do mundo, os nossos olhos se movem lá para preencher os detalhes antes de vermos o que estava faltando. Enquanto nossos olhos estão em movimento, deveríamos ver um borrão branco, mas nosso cérebro edita isso.
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A imagem corporal é dinâmica e flexível
Nosso cérebro pode ser enganado ao pensar que um braço de borracha ou uma mão de realidade virtual é realmente uma parte do nosso corpo.
Há uma síndrome em que, as pessoas acreditam que um dos seus membros não pertence a eles. Um homem pensou que um membro de um cadáver tinha sido costurado em seu corpo como uma brincadeira dos médicos.
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O nosso comportamento é automático na maior parte das vezes, mesmo que pensemos que estamos no controle
O fato de que podemos dirigir um veículo a 60km/h na rodovia e ao mesmo tempo estar perdido em nossos pensamentos mostra o quanto o comportamento do cérebro pode automatizar as coisas. O vício, por exemplo, só é possível porque muitas das coisas que fazemos já está no automático, incluindo o direcionamento dos nossos objetivos e desejos.
No comportamento de utilização, as pessoas podem pegar e começar a usar um pente apresentado a elas, sem ter a mínima ideia de por que estão fazendo isso. A impulsividade faz com que as pessoas ajam mesmo sabendo que não deveriam.
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O nosso cérebro pode se auto sabotar de maneiras muito estranhas
Na síndrome de Capgras, objetos familiares parecem estranhos (o oposto do déjà vu). Uma mulher idosa que morava sozinha fez amizade com uma mulher que aparecia a ela sempre que olhava no espelho.
Ela pensava que esta mulher não parecia com ela, exceto que elas pareciam ter um estilo semelhante e tendiam a usar roupas idênticas. Outra mulher estava sendo seguida por uma pessoa ameaçadora que apareceu para ela em espelhos, mas parecia em nada com ela mesma.
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Os neurônios são muito lentos
Nosso pensamento é rápido e nós somos mais inteligentes do que os computadores, e ainda assim neurônios sinalizam apenas algumas vezes por segundo e os ciclos de onda beta do cérebro 14-30 vezes por segundo.
Em comparação, o ciclo de computadores é de 1 bilhão de operações por segundo, e transistores mais de 10 bilhões de vezes por segundo. Como os neurônios podem ser tão lentos e ainda sermos mais inteligentes?
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A consciência pode ser subdividida
Em pacientes com cérebro dividido, cada lado do cérebro é individualmente consciente, mas separadas uma da outra. No transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), memórias de um evento traumático podem se tornar uma ilha compartimentada inacessível.
Na esquizofrenia, os pacientes ouvem vozes que podem parecer estar separadas de si mesmos e que fazem críticas e/ou ordenam comandos a eles. Na hipnose, sugestões pós-hipnóticas podem direcionar o comportamento de uma pessoa sem ela ter consciência dos seus atos.
Fonte: Business Insider
Traduzido por Caio Nogueira